domingo, 2 de novembro de 2008

Resenha Crítica - MAMMA MIA! (filme e trilha sonora)

Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/mamma-mia/mamma-mia.asp

Título: MAMMA MIA! - O FILME
Título Original: MAMMA MIA! - The Movie
País de Origem: EUA, Inglaterra
Produção: Judy Craymer e Gary Goetzman
Distribuição: Universal
Diretor: Phyllida Lloyd
Roteiro: Catherine Johnson
Data de estréia: 03/07/2008, na Grécia
Data de estréia no Brasil: 12/09/2008


Elenco:
MERYL STREEP (Donna Sheridan),
AMANDA SEYFRIED (Sophie Sheridan),
PIERCE BROSNAN (Sam Carmichael),
DOMINIC COOPER (Sky),
JULIE WALTERS (Rosie),
STELLAN SKARSGÅRD (Bill Anderson),
CHRISTINE BARANSKI (Tanya),
COLIN FIRTH (Harry 'HeadBanger' Bright),
ASHLEY LILEY (Ali),
RACHEL McDOWALL (Lisa),
PHILIP MICHAEL (Pepper)




Fonte: http://www.3emp3.info/2008/08/mamma-mia-soundtrack-2008.html

Álbum: MAMMA MIA! The Movie Soundtrack
Artista: Vários

Gravadora: Polydor/Universal
Data de lançamento (Mundial): 08/07/2008




Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/mamma-mia/mamma-mia.asp

Dominic Cooper e Amanda Seyfried: Lay All your Love On Me


Quando o ABBA surgiu, lá nas pencas de 1972, todos os integrantes eram MUITO famosos separadamente na Suécia. Agnëtha Faltskög e Anni-Frid Lingstad eram cantoras de primeira linha (e já de primeira grandeza, colecionando top 10s nas charts suecas). Björn Ulvaeuss e Benny Anderson tinham uma banda que também apresentava mesmo suceso e eram, juntos, uma espécie de Timbaland dos anos 70 para os artistas pop suecos: todo mundo queria trabalhar com eles, portanto, só dava eles em vários álbuns. Quando Agnëtha e Benny se casaram e Anni-Frid (Frida) começou a namorar Björn, todos fazerem seus trabalhos juntos tornou-se algo natural, até. Entre seus trabalhos-solo e com outros artistas, os quatro gravavam muita coisa juntos - a ponto de a gravadora Polar lançar um álbum com todo o grosso que o quarteto (ainda chamado Anni-Frid, Benny, Björn e Agnëtha) gravou junto. Com alguns hits na manga, continuaram o mesmo esquema. E veio o festival Eurovision de 1974. E veio "Waterloo". E assim, surgiu o ABBA. E da Suécia para a quase completa dominação mundial, foi um pulo. Até 1983, eles foram reis absolutos do europop, até seu final melancólico (um casamento e dois divórcios acmpanhados de filhos pra criar e pouca amizade entre si). Até hoje, suas canções são lembradas, admiradas (mesmo que como "prazer culposo"), regravadas, sampleadas e fazem sucesso em qualquer festa de casamento.

Neste meio-tempo, uma moça porra-louca teve um verão muito animado. Em três meses, foram três caras e uma ilha - Kalokairi, na Grécia - em comum (e muito "dot-dot-dot"). Com hormônio 'de mais' e cérebro 'de menos', a doida se viu grávida e sem nenhum dos três moçoilos - dos quais, aliás, ela fez questão de esconder o resultado das vias de fato. Pra criar a rebenta que nasceria, ela abandonou seu trabalho (líder de uma girlband - o que já indica que ela não tinha cérebro algum, uma vez que bandas deste tipo SEMPRE rendem algum dindim, especialmente uma que faz turnê mundial como a dela) e foi morar na ilha dos "dot-dot-dot"'s gerenciando um hotel. Anos depois, a filha demonstra ter a mesma quantidade de neurônios da mãe e resolve que quer saber quem é o pai. Xeretando onde não deve (o diário cheio de "dot-dot-dot" da mãe), descobre os potenciais garanhões e os chama todos pro seu casório, que está às vésperas de acontecer.


Agora, o leitor mais desatento pergunta "o que uma coisa tem a ver com a outra?" - o Tom responde: TUDO! A baboseira do segundo parágrafo é a sinopse de "MAMMA MIA!" (sim, o título se escreve todo em maiúsculas e com um ponto de excamação no fim, bem dramático e exagerado), um musical todo recheado de canções do ABBA (cujas canções são todas como "MAMMA MIA!": dramáticas a exageradas, mas absolutamente prazerosas por um outro lado).


Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/mamma-mia/mamma-mia.asp

Meryl Streep e Amanda Seyfried: Slipping Through my Fingeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeers


O filme tem defeitos GRAVES: o roteiro é fuleiro, cheio de erros espaço-temporais (como explicar, por exemplo, que a doida do primeiro parágrafo tenha saído com um hippie - coisa do fim dos anos 60 - e com um metaleiro - tribo que só surgiria nos anos 80 - num mesmo verão? E que a estória se passaria em 1999, com a rebenta tendo 20 anos de idade?) e de furos (as meninas fazem planos, mas não realizam nenhum deles e simplesmente "somem", sem qualquer função real na trama); a fotografia parece capturar o que de PIOR se pode oferecer das paisagens e dos rostos dos atores (só favoreceu Meryl Streep) - em suma, nas palavras de minha amiga Diva: "parece que a câmera tava suada o tempo todo"; a coreografia chega a dar pena; muitas músicas tiveram suas letras alteradas para poder se encaixar na "estória".. arf, arf, arf, chega cansei, agora. mas voltando a meu ponto: "MAMMA MIA!" tem vários pontos negativos, sim. Num filme comum, seria o suficiente para que eu saísse do cinema. Mas há algo nesse "hino ao girl power-trash movie" que faz a coisa funcionar. E funciona muito bem!


As atuações são todas completamente over (talvez pra compensar que nenhum dos personagens - à exceção de Sophie - possui algum aprofundamento psicológico). Meryl Streep, cansada de ser uma unanimidade entre crítica e público, resolveu testar a todos com uma Donna Sheridan que, apesar dos seus 'aparentes' quarenta anos, se comporta como se fosse uma menina de quinze todo o tempo, sem descanso, mesmo dizendo "eu cresci" a dada altura do filme. Ainda assim, sua interpretaçào á anulada pelas suas backing vocals: Christine Baranski (a Marianne do seriado "Cybill", a ex-esposa de Robin Williams em "A Gaiola das Loucas" e a mulher do prefeito em "O Grinch") está reprisando o papel que sempre lhe dão - e que ela sempre faz competentemente: o de perua rica e avessa a trabalho. Julie Walters arranca gargalhadas de todos com seu personagem desajeitado e de boca suja. Os homens maduros da produção parecem todos competir pra ver quem sairá com a honra menos manchada - com Colin Firth ganhando por um beijo gay de distância, e uma derrota horrenda do ex-007 Brosnan. O grupo jovem do filme mal existe, portanto, nem comento. Amanda Seyfried, com a única personagem com alguma carga dramática, é que tem o trabalho difícil, uma vez que todo o resto do elenco está aproveitando as férias nas ilhas gregas: É Sophie quem chora, ri, se descabela, pula que nem cabrita, dança, faz careta, procura um pai, briga com mãe e noivo e tem algum drama de verdade pra mostrar. Talento, a garota já mostrou que tem por sua performance na série "Big Love", mas aqui, ela encontrou um meio equivocado para mostrá-lo, uma vez que todo o drama da personagem é profundo como um pires - culpa do roteiro, não dela.

O trunfo de "MAMMA MIA!" reside, mesmo, nas canções. Mesmo com as alterações nas letras, são as canções que matém o interesse do público (e os pés batendo no chão, acompanhando o ritmo), e mantêm o clima do filme no espírito "hino ao girl power", que, apesar de todos os defeitos do filme, torna-o muito divertido. cabe aqui um destaque ao único "show" real do filme, que foi "Does Your Mother Know", numa performance descarada de Christine Baranski, mostrando quem é a dona do espetáculo. E é falando das canções que passo a falar do cd.

Pra cuidar bem de seu "patrimônio", Björn Ulvaeuss e Benny Anderson, os dois Bs do ABBA, decidiram tomar a frente de toda a produção musical do filme, o que, logicamente, passou pela trilha. A intenção declarada no press release era a de fazer uma trilha sonora que sobrevivesse ao filme - algo que se possa ouvir e curtir, mesmo sem ter acabado de ver o filme, o que é raro em muitos casos de trilhas sonoras. Antes mesmo do filme começar a ser rodado, todo o enlenco passou um m6es em londres ensaiando e gravando as canções, sob a supervisão ferrenha dos dois. O resultado é bem variado - vai dos achados aos "o que peste esta criatura está fazendo aqui?", passando pelos claros "milagres de estúdio".


Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/mamma-mia/mamma-mia.asp

Julie Walters, Meryl Streep e Christine Baranski: Dancing Queen na cama, porque fora dela...


A masioria dos envolvidos com os microfones não tinha qualquer experiência no metier. À exceção de Baranski, nenhum deles havia entrado em um estúdio antes tão intensivamente - Meryl Streep já havia feito musicais antes, mas nenhum onde ela aparecesse tanto ou precisasse cantar mais de duas canções. Mas aí se fazem as considerações sérias: por mais aulas de canto lírico que a mulher tenha feito, Meryl Streep não foi uma escolha segura. Ela faz uma interpretação OK de "The Winner Takes It All" e canta estupendamente "Slipping Through My Fingers" (que arranca lágrimas deste que vos escreve toda vez), mas é só. Nas outras canções, ela desata em interpretações exageradas e não raro se perde ou deixa o trabalho duro pro coro ou pras back-up singers. Pierce Brosnan, a outra metade do casal maduro principal do filme, é doloroso de ouvir no filme. No cd, fica claro o quanto a voz dele foi modificada, parece até um robô cantando. Christine Baranski, mais uma vez, mostra como é que um profissional faz com "Does Your Mother Know" e nas poucas vezes em que sua voz tem a chance de fazer algum solo ("Dancing Queen", "Take A Chance on Me"). Os outros são tão dispensáveis que nem comentarei. Mas a grande surpresa é, de longe, Amanda Seyfried. É no cd que se mostra porque a garota foi escolhida para o papel. As canções que cabem a Sophie parecem ser todas feitas apenas para a voz dela, e são encaradas com primor pouco visto em cantores primaveris. Fora que sua presença é constante durante todo o álbum (ela canta em metade das canções, tornando o cd quase um "Amanda Seyfried e amigos").

A produção é bem caprichada, e os arranjos são, quase todos, fiéis às canções originais do ABBA. A diferença cabe a "When All Is Said And Done". Antes, uma música dançante, mas de letra triste sobre uma separação, agora, transformada numa balada sinalizando o feliz retorno de um casal a muito tempo separado - o que implica na alteração feroz da letra de metade da música. Mas, por incrível que pareça, toda esta alteração no caso específico tornou a canção ainda melhor que a original - pra melhorar mais ainda, bastava ter colocado outro no lugar do Pierce Brosnan para cantar. .

Pecados finais: o filme não apresenta a melhor canção do cd: "The Name Of The Game", uma interpretação sensível de Amanda Seyfried. E o cd nos toma o prazer de escutar "Waterloo", na voz do elenco principal - de longe, o momento mais divertido do filme. "Chiquitita", de Baranski e Walters também foi relegada apenas ao filme, mas não chega a ser uma perda considerável, honestamente. OH! E eu não falei sobre a intenção: eles queriam um álbum coeso e que sobrevive ao filme, e eles conseguem, apesar das falhas - quem disse que precisa ser um bom cantor pra fazer boa música pop, hoje em dia?

Minhas palavras finais: VÃO ver "MAMMA MIA!": mas desliguem seus cérebros antes, para não estragar a diversão!


Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/mamma-mia/mamma-mia.asp

Meryl Streep e Pierce Brosnan: S.O.S., literalmente


“And now it seems my only chance is giving up the fight - and how could I ever refuse? I feel like I win when I lose...”



filme: 7/10

trilha: 8/10


Tom

16 comentários:

  1. Ainda nao assistir, mas assim q eu puder (nao sei como agora) vou assistir! beijao TOM

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  2. Ameeeeei sua crítica ao filme!!! Poderia ter sido mais sucinto, mas td bem...... rsrsrsrsrs. Vc colocou tda percepção q de fato eu tive! Um filme sem pé nem cabeça, mas com uma trilha sonora que nos mantinha sentados alí! Piadas tolas, mas que, não sei porque, fazíamos rir, e muito! Gostei do filme, mas não teria gostado tanto se não fosse a cia de malucos, entre eles o autor da crítica...que por sinal estava tão empolgado que distribuia murros aleatóriamente....infelizmente fui agraciada com um....! Parabéns pela crítica Tom!! Bjusssss

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  3. Mas é cada uma! Eu não esmurrei ninguém, deixe de sua língua grande e dedos bifurcados! Eu apenas estava acompanhando a interpretação das canções. Não tenho culpa se seu rostinho ficou no caminho da mão DE BELLY!!!

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  4. vcs dois são terríveis!!!Sua crpitica foi muito bem colocada tom!!Concordo com a Diva legítima quando disse q vc poderia ter sido mais suscinto!!!A trilha sonora foi ótima,e apesar de ter sido uma história bem louca, eu gostei, afinal eu sou meia doida também (disso vocês já sabem). Quanto a atuação da trupe da loucura, eu amei!!!O Antônio quase não saia do cinema, pensei q teríamos q arrastá-lo para sair de lá!!!Ah,quanto ao murro acidental...kkkkkkkkkk....tadinha da Diva!!!O Tom todo empolgado com as canções quase quebrou o rosto dela...ririiriririiri!!!!Em geral, a companhia de vocês sempre é ótima!!!Sair com vocês é diversão garantida!!!bjusssssss maletas do meu coração

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  5. como sempre o tom faz resenhas quilometricas..
    ainda nao assisti o filme...
    mas pretendo

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  6. Tem um Meme no meu blog pra você:
    HTTP://fhpm.blogspot.com

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  7. Filme lindo. Eu comprei o DVD, jájá ele fura também... rs

    :D

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  8. Não entendi nada, meteu o pau no filme e ainda assim deu um 7...
    Bem, críticos são loucos msm!
    kkkkk

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  9. 1) Eu não sou louco! HUNF! Só um pouquinho doidivanas, como qualquer ser!
    2) Aproveito pra avisar que Vossas Excelências Culture Rangers foram agraciados com dois selos, lá no meu Cantinho! ^^

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  10. Quero muito ver este filme ! Acho a Meryl Streep incrível !

    Abraços

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  11. Tenho q assitir, não tenho tido tempo pra filme, infelismente, pq é muito BOM!!!
    abrção!!
    blog otimo!

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  12. Oi Tom, tudo bem?
    Eu ainda ñ assisti o filme, me diseram q é bom, falta confirmar, rsrs.
    Obrigado pelo comentário, mas ainda tenho muito que evoluir, sei que estou no caminho, rsrs.

    Abraços
    :)

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  13. Gosto muito do trabalho da Meryl Streep.

    Abraços

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  14. Eu tenho um probleminha com críticas e resenhas de filmes... Eu só gosto de lê-las depois que vejo o filme, para não assistí-lo com pré-conceitos. Depois que assisto, coloco minhas ideias em debates, lendo o que os outros acharam.
    Mas, como ainda não conhecia o blog, abri uma excessão e li o seu texto, que ficou mto bom!

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