sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Resenha Crítica

PLAY - "A Onda" (Die Welle), de Dennis Gansel (filme, 2008)
Eu acabei de assistir a este filme, e ainda estou REALMENTE impressionado pela sua força. Baseado num telefilme inglês (que, por sua vez, foi baseado em um romance que partiu de fatos reais ocorridos nos EUA), conta a história de um professor que se utiliza de um método de ensino bastante arriscado para ensinar seus alunos sobre o autoritarismo e vê seu experimento sair totalmente do seu controle e ganhar vida própria, a ponto de por uma cidade em polvorosa. Atuações seguras, direção forte e roteiro sem rodeios. Grande destaque para a trilha sonora, regada a "Rock'n'Roll High school". Obrigatório para ser exibido em escolas e debatido até a exastão. Recomendo mais que entusiasticamente!
PAUSE - "O Diabo Veste Prada", de David Frankel (filme, 2006)
A razão de ser deste filme - além, lógico, de ser uma adaptação de um livro de mesmo título que virou best seller mundial - é uma única: MERYL STREEP. Aqui, ela prova, com sua Miranda, que é uma das melhores atrizes de Hollywood (indicação merecida ao Oscar). O resto... bem... o roteiro é aquela baba de sempre, que todo mundo sabe: menina-do-interior-vai-pra-cidade-grande-consegue-emprego-e-abandona-todos-ao-seu-redor-mas-consegue-encontrar-a-sua-redenção-no-final (me processem por contar o final do filme...); a trilha sonora é totalmente previsível e mais gay, impossível (não que seja má coisa, mas eu esperava ser surpreendido com alguma originalidade). Anne Hathaway e Emily Blunt mostram algum serviço no filme, mas é inegável que o povo não foi aos cinemas pra ver nenhuma das duas... No final das contas, o saldo é positivo pra uma sessão da tarde com as amigas pintando as unhas e comendo chocolate.
EJECT - "American Pie" (cinessérie, 1999, 2001, 2003, 2005, 2006, 2007)
Quando eu vi o anúncio na televisão de uma SEXTA parte deste filme, eu não acreditei e tive que ver pra crer. uma pessoa muito sábia me dizia que "em bosta, a gente não mexe, porque corre o risco de deixar fedendo mais". Dito e feito: em vinte minutos, desliguei a televisão. A qualidade continuou intacta - ou seja, rasteira. Mas, para ser justo, o primeiro tinha seu trunfo no frescor do elenco - que não se repetiu nos subseqüentes. E o que já era ruim só desceu ladeira abaixo com o passar do tempo... Oh, céus...

Tom

domingo, 6 de setembro de 2009

Resenha Crítica - JET'S ALRIGHT

Fonte: acervo do grupo

Álbum: Jet's Alright
Artista: Jet's Alright

Gravadora: independente
Data de lançamento: 06/09/2009
Download do álbum: http://www.mediafire.com/?dktqyzahyjz




Fonte: acervo do grupo

Jet's Alright


Após o fim da Kryptonia e uma prolífica carreira-solo (que ainda está na ativa, pessoal, chequem seu website!), o sócio do diretor Thiago Giacomelli resolveu adentrar com um novo projeto musical: uma banda de blues rock curiosamente chamada JET'S ALRIGHT. E é para falar dessa nova empreitada que o Diretor resolveu reabrir este digníssimo QG! Como aparentemente eu sou o único ainda disposto a encarar o batente, cá estou eu para ouvir mais este álbum e dar a vocês minha singela e inútil opinião, huhuhuh.

Pois bem... o Jet's Alright é um grupo formado por Thiago Giacomelli (guitarra, violão e voz), Marcelo Seixas (teclados), Abel Porto (baixo) e Thiago Gardin (bateria). Mas o fato de quase todas as canções terem sido escritas pelo vocalista (e a única não escrita por ele ser um cover dos Beatles) - sem contar com o fato de os outros integrantes da banda serem justamente a banda que acompanha Giacomelli em sua carreira-solo, fica claro que este poderia ser o mais novo álbum-solo de Giaco - não que isso seja mau sinal. Basta lembrar que a futura defunta Simply Red é basicamente apenas Mick Hucknall e faz um som espetacular do mesmo jeito.

O som é blues/rock com uma pesada pegada oitentista e alguns toques do iê-iê-iê dos anos 60. Ideal para aqueles momentos em que você está sozinho no bar pensando naquele alguém especial que lhe deu o maior PNB. E fica fácil entender o porque deste projeto. Thiago Giacomelli canta bem mais que blues (embora este seja o maior forte dele, mesmo), e provavelmente não iria querer ficar preso apenas nesse gênero - a razão pela qual Mick Hucknall está acabando com Simply Red. Mas, como diz o release, a banda é "um projeto de blues/rock montado há 6 meses com o intuito de trazer ao público, além das músicas comuns que agitam toda a galera, um repertório diferenciado". Pois muito bem.

Fonte: acervo do grupo

Jet's Alright

O álbum começa bem forte, com "I'll Be The One", dando o tom que levará o álbum todo. A voz de Giacomelli com certeza levará as "giaconetes" ao delírio, pois está bem melhor (segura e com interpretação firme e vigorosa) aqui que em seus álbuns anteriores. A banda mostra estar em boa sintonia e até possuem vez e voz como conjunto - este que vos escreve teve acesso a alguns demos, e muitas das canções ganharam uma roupagem diferente com toda a instrumentação. De longe, as melhores canções são "Until We Solve This Fight", "Like A Flower" (que eu, honestamente, prefiro o demo, mas que continuou uma linda balada), "Somewhere Else" e "Keep On Going On" - esta última tem uma das melhores letras que já saíram da pena de Giacomelli.

Talvez o maior erro do álbum seja sua enorme quantidade de faixas (dezesseis), o que o torna meio cansativo, depois de um tempo. Fora que a metade final perde o pique (levemente recuperado por "Lay Down With Me", mas o cansaço do resto das canções já é inevitável). Algumas canções poderiam ser cortadas sem grandes prejuízos e usadas como B-sides de singles (a faixa que segue "Lay Down With Me", por exemplo, segue quase a mesma batida e estrutura, a ponto de mal se saber que são músicas diferentes). Algumas, como "Few Steps", "Wonderland" e "Make You Stay" passam simplesmente batido pelo ouvido - eu tive que ver na lista os nomes de algumas destas canções, por exemplo, pois nem lembrei mais delas depois.

A canção que fecha o cd, o cover de "Come Together", peca por não trazer nada de novo (nem pra canção, nem para a banda, nem para Giacomelli - é o mesmo arranjo que ele usa em seus shows solo, sem tirar nem por), nem trazer um fechamento real ao álbum.

Fonte: acervo do grupo

Jet's Alright

Uma grata surpresa foi "Lay Down With Me" - a letra é sexualmente agressiva e NADA gentil (é aquela cantada de pedreiro, mesmo), e a melodia original acompanhava o espírito. Em sua versão oficial, ganhou ares de "Rock Das Aranhas" e virou algo irônico e quase cômico (embora eu ainda fique ruborizado ao escutar expressões como "eat you all" - por favor, eu não sou puritano, não! Sou apenas um moço gentil!...) - sacada de gênio.

Ao final da experiência, é impossível não notar a paixão dos envolvidos passando por todos os acordes do projeto, além do cuidado e esmero com que o álbum foi feito. E até mesmo o fim abrupto do álbum deixa aquela sensação de "acabou?", o que não é de todo ruim.

Desta vez, não direi que este é mais um álbum imperdível para as "giaconetes" (OK, eu já disse...) - este é um ótimo álbum para figurar em uma discoteca legal, tanto pelo diferencial na cena brasileira corrente, quanto pelo registro do potencial brasileiro de fazer blues/rock de qualidade na língua dos gringos!



F-E+-D+-C+B-+A


Tom

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Resenha Crítica

Este ano, já que estou só, resolvi testar um novo formato de resenhas... mais sintético e com mais dicas... espero que gostem!

PLAY - Marit Larsen, "The Chase" (álbum)
Marit Larsen, a ex-loura do M2M, volta morena (depois de um curto período ruiva-Geri Halliwell) para mostrar seu segundo álbum solo, aparando todas as arestas deixadas no quase perfeito "Under The Surface" pra construir sua obra-prima. Limou as falhas possíveis, intensificou os acertos e conseguiu um resultado brilhante e marcante - o álbum de 2008. Destque para os singles "If A Song Could Get Me You" e "I've Heard Your Love Songs"; além das faixas "Ten Steps", "Steal My Heart" e da deliciosa "Addicted".
PAUSE - Brooke White, "Free" (videoclipe)
Brooke White talvez não tenha sido a competidora mais original ou autoconfiante que já tenha saído do American Idol - mas certamente, numa época de Britneys e outras falsas-boazinhas, é um sopro de ar fresco no mundo pop, ao mostra que ainda há espaço para as garotas REALMENTE boas. Esta canção "Free" saiu de seu primeiro álbum, "Songs From The Attic", que foi feito anos antes de Brooke tentar o AI, e mostra a sua trajetória pessoal de uma forma pretensamente divertida. O álbum é lindo e vale muito a pena ser ouvido. A música do videoclipe, em particular, é bem legal e logo se começa a cantar. O problema é que o videoclipe é TOSCO - ainda assim, assistível. Vale a conferida.
EJECT - Latino, "Junto E Misturado" (álbum)
Meu Deus, é incrível que esse homem ainda tenha tanto poder sobre a mídia brasileira - e principalmente, sobre as massas! Depois de nos "presentear" com a Kelly Key, agora, ele nos deixa o seu golpe de misericórdia: duetos com Bruno & Marrone, Perlla (a do "Tremendo Vacilão", não a peruana), Banda Jammil (aquela que teve mais "& Mil e Uma Noites" no nome...) e até (meu Deus!) com Kalypso!!! E a grande decepção que é ver Dudu Nobre nesse disco... Depois dessa, eu morro... Fujam enquanto podem!

Tom

sábado, 10 de janeiro de 2009

Geni e o Zepelin

"...tava na frente de casa conversando com o (...)[um amigo] aí uma puta de uma velha que mora no predio em frente ficou reclamando de la de cima e eu sem ouvir, (...)[meu amigo] ouviu e me avisou, aí eu parei de falar e escutei ela dizendo, ouw (não sei quem) chame aí o guincho pra tirar esse carro debaixo dessa arvore que isso aqui não é motel não
diz:
aí eu virei contudo e comecei a gritar feito uma doida na porta do predio: COMO É SUA VELHA SAFADA? VOCÊ ME RESPEITE VIU
aí ela começou a gritar de volta: ME RESPEITE VOCÊ
aí eu nem deixei ela falar e comecei a gritar de volta: VOCÊ TÁ PENSANDO QUE TÁ FALANDO COM QUEM SUA VAGABUNDA?
e foi feita a baixaria"


A situação relatada a mim esta semana me deu a idéia da coluna deste mês.
Primeiro, pensei nos preconceitos que carregamos conosco quando crescemos.
Depois, minha cabeça foi até "o que os olhos vêem" - o que leva diretamente ao tema "preconceito", novamente.
No fim, tanto um como outro são os frutos da sociedade em que se vive, pois são eles que incutem as "diferenças" entre os seres humanos. Há um documentário ganhador do Oscar (me foge o título à mente, agora, e estou com preguiça de procurar), em que crianças israelenses e palestinas brincam juntas, se encontram e discutem muitas questões francamente. Em qualquer momento eles se atacaram ou falaram barbaridades. Mas num reencontro anos após, é latente a mudança de opinião de alguns. Podemos observar mesmo no nosso dia-a-dia: passe em um parque próximo à sua casa - qual é a mãe que vai deixar que seu filho brinque com uma criança de rua? Ou mesmo... veja um casal encostado num poste, juntinhos. Quem nunca ouviu (ou pensou) "Arrumem um quarto!", que jogue a primeira pedra virtual. Foi duro de ler, eu sei. mas não menos verdadeiro.
Eu mesmo me confesso muito maldoso. Mas tenho consci6encia disso e procuro conviver com este defeito lembrando de uma frase simples: "cada macaco no seu galho." A vida alheia pouco ou nada me diz respeito, e a minha já é bagunçada o bastante pra que eu vá me ocupar de tentar arrumar outras.
A senhora do caso mostrado simplesmente não aceitou que duas pessoas possam conversar normalmente em um carro embaixo de uma árvore. Certamente, ela não deve sequer andar de carro, portanto. E encontrou alguém que não leva desaforo para casa, resultando em embate - num português mais claro: BARRACO.
É muito difícil conviver, hoje em dia, porque creio que se perdeu a noção da vida em comunidade de que o ser humano sempre foi dependente. Em tempos onde o individualismo virou moeda principal e corrente, parece que o ser humano esqueceu dos valores da convivência e da empatia, querendo fazer valer apenas os SEUS valores e preceitos, e isso é errado. Não se trata de retornar aos valores hipócritas de antes (que ainda são vigentes nas sociedades, infelizmente). Se trata apenas de respeitar ao mais próximo, na esperança de ser respeitado por isto.
Liannara já havia tratado deste assunto em um post anterior... creio que na segunda teporada... o segredo da amizade entre os Culture Rangers é justamente este: nós arengamos muito uns com os outros, pois temos gostos muito diferentes e atitudes diversas perantes as coisas que a vida nos mostra. Mas, no fundo, a gente não desrespeita ninguém. É pura questão de convivência e de saber enxergar a pessoa que existe por trás do ser que está fazendo algo que você superficialmente reprove. E isso vale pra qualquer relação, pra qualquer pessoa.
A Liannara continua sendo chata, chata, chata (o "cruel" foi adendo dela). Mas eu adoro a Coisa do mesmo jeito!
Minha mãe me ensinou direitinho, e a vida também tem a sua cota. E as suas mães?

Tom

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

The Morning After

Depois que vencemos o Chefe e o prendemos, os nossos transformadores nos abandonaram. Com o sumiço do Diretor na destruição do QG (se bem que ele nunca apareceu pra gente, mesmo... só queria ser o Charlie) e o robô tendo rejuntado seus pedaço em algum local do universo, ficou claro para nós que a nossa missão acabou. Não há mais Culture Rangers, não há mais missões nem ritmo louco a seguir. Podíamos todos retornar às nossas vidas normais.
TH ainda está em Maceió, com seu trabalho, mas está preparando um grande salto na sua vida.
Leo, quem diria, está tomando jeito na vida! Quem viu nosso ex-Isauro alguns anos atrás, cheio de marra e respondão, jamais o imaginaria agora... ocupado, responsável e fazendo faculdade, lá no Rio, mesmo!
Lia estuda e trabalha, como sempre, no seu Piauí natal. É com ela e TH que eu mais converso pelo msn - e nem nos aporrinhamos mais tanto como antes.
Luigi sumiu, como sempre. Inclusive bloqueou a todos nós no msn. Quem sabe o que se passa na cabeça dele...
Nanda e Cavaca estão juntinhos, juntíssimos, firmes e fortes. Só falta eles arranjarem buns empregos - já me vejo entrando na igreja de padrinho, huhuhuhuhu...
Cotó está em Maceió, também. Vez por outra, temos saído e tem sido divertido - eu mango dele ainda mais do que aparece aqui, caros leitores... mas ele também tira meu couro... eu só não deixo que apareça aqui! hauahuahuahah
Jeff... eu não sei se ele está em Curitiba ou em Sampa. O importante é que ele está começando a fazer a sua vida, também, e está finalmente feliz! Já não é aquele revoltado que conhecemos... ele finalmente deu vazão ao doce de pessoa que ele é.
Os Breguere Rangers... eles estão a esperar o julgamento da Justiça - embora, com a alegação de insanidade temporária que o advogado deles - TH - propôs... na melhor das hipóteses, eles passarão algum tempinho fazendo análise.
E quanto a mim? Bem, eu estou aqui... depois de passar o ano me dividindo entre Maceió e Recife, acabei por não ser selecionado para o mestrado da UFPE. Fiquei um tempão bastante desanimado, mas toda a ação com os Rangers me fazia esquecer um pouco. Agora, estou só com meus pensamentos, tentando decidir o que fazer da vida - provavelmente, vou procurar outro emprego.
E quanto a você, querido leitor? O que anda a fazer, agora? responde aí, OK?
Até a próxima,

Tom