domingo, 3 de junho de 2007

.Abaixo ao desperdício de palavras.

Saudações.

Nas férias prolongadas que tirei do ‘serviço resenhístico’ deste QG, férias estas bem sabem meus amigos rangers totalmente justificáveis, pude assistir a filmes que ainda não havia tido oportunidade de ver, ouvir músicas que, preconceituosamente, confesso, não queria ouvir. Apesar do meu trabalho por aqui ser totalmente não-remunerado e de ainda por cima ter que agüentar os abusos de um Diretor fascista... Volto às minhas funções normais[?].

Antes de qualquer coisa: O que vem a ser um bom filme?
Não tenho a audácia de responder a esta pergunta até porque o conceito de ‘bom’ e de ‘filme’ há aos montes por aí. Posso dizer que, para o meu gosto, um ‘bom filme’ precisa reunir os elementos para aquilo que se propõe a mostrar, para a sua finalidade, para o motivo para o qual foi feito. Por exemplo: Uma comédia que não tem graça não é um bom filme.

Particularmente não simpatizo com filmes permeados muitos diálogos e efeitos visuais que escondam a mediocridade, neste caso usando o emprego mais pejorativo da palavra, de roteiros mal escritos, diretores megalomaníacos e/ou atores canastrões, embora os assista quase a toneladas. Se você já quis cortar alguns diálogos, falas, cenas e até mesmo personagens de algum filme por achá-los totalmente desnecessários, piegas, fora de ocasião, excluir aquele som de explosão... Este já é um passo para a compreensão da minha opinião neste projeto de resenha/crítica.


Eis dois filmes que posso dizer, utilizando meu critério: São bons filmes.
Em ambos Kim Ki-Duk – Ki-duk(diretor sul-coreano) traz a narrativa alegórica e as técnicas de cinema mudo.



Primavera, Verão, Outono, Inverno e... Primavera.



Ficha Técnica
Título Original: Bom Yeorum Gaeul Gyeoul Geurigo Bom
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 103 minutos
Ano de Lançamento (Coréia do Sul): 2003
Site Oficial: www.sonyclassics.com/spring
Estúdio: Korea Pictures / LJ Films / Pandora Filmproduktion GmbH / Cineclick Asia
Distribuição: Sony Pictures Classics / Imovision
Direção: Kim Ki-Duk
Roteiro: Kim Ki-Duk
Produção: Karl Baumgartner e Lee Seung-jae
Música: Bark Ji-Wong
Fotografia: Baek Dong-Hyeon
Desenho de Produção: Stefan Schönberg
Figurino: Kim Min-Hee
Edição: Kim Ki-Duk

Elenco: Oh Yeong-Su (Monge velho), Kim Ki-Duk (Monge adulto), Kim Young-Mim (Monge jovem), Seo Jae-Kyeong (Monge garoto), Ha Yeo-Jin (Garota), Kim Jong-Ho (Monge criança), Kim Jung-Young (Mãe da garota), Ji Dan-Han (Detetive Ji), Choi Min (Detetive Choi), Park Ji-a (Mãe do bebê).


Sinopse: A vida de dois monges, um idoso e outro jovem, e as situações pelas quais passam no decorrer das estações do ano.
Fonte:
Adoro Cinema.





O filme se passa em um enorme lago com um templo budista flutuante ao centro onde vivem um velho mestre budista e o seu discípulo, ao qual o velho monge procura ensinar as verdades essenciais da vida... Da margem, duas portas que evidenciam a passagem do tempo abrindo-se para os personagens e para o espectador. É neste cenário o menino se confronta com a dicotomia entre os impulsos do mundo "lá de fora" e os valores budistas na busca pelo controle dos desejos.
Nascer, crescer, amadurecer e morrer são ciclos feitos pelas estações e pela vida.


Fotografia poética e poucos diálogos, pois as palavras são desnecessárias quando a natureza cria voz e fala por si. No melhor estilo oriental, um aprendizado sobre o peso de existir.




A Casa Vazia


Ficha Técnica
Título Original: Bin-jip
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 95 minutos
Ano de Lançamento (Coréia do Sul): 2004
Site Oficial: www.3ironmovie.com
Estúdio: Cineclick Asia / Kim Ki-Duk Films
Distribuição: Sony Pictures Classics / Imovision
Direção: Kim Ki-Duk
Roteiro: Kim Ki-Duk
Produção: Kim Ki-Duk
Música: Slvian
Fotografia: Jang Seong-Back
Desenho de Produção: Art Chungsol
Edição: Kim Ki-Duk

Elenco: Lee Seung-Yeon (Sun-Hwa), Lee Hyun-Kyoon (Tae-Suk), Kwon Hyuk-Ho (Min-gyu), Ju Jin-Mo (Inspetor Cho), Moon Sung-Hyuk (Sung-Hyuk), Park Jee-Ah (Jee-Ah), Jang Jae-Yong (Hyun-Soo), Lee Dah-Hae (Ji-Eun), Park Dong-Jin (Detetive Lee), Lee Mi-Suk, Choi Jeong-Ho.


Sinopse: Um homem invade casas enquanto os donos estão fora, realizando pequenos serviços para pagar a estadia. Até que encontra uma mulher que leva uma vida parecida com a dele.
Fonte:
Adoro Cinema.



Casa vazia, peito vazio, vida vazia. Silêncio e movimento. Imagens, cores, sons e rostos.

Um “herói”, rapaz que entra nas casas das pessoas que estão de férias ou em viagem e habita-as durante algum tempo e em troca conserta objetos estragados e até lava roupa. Uma mulher casada que sofre tormentos às mãos do seu marido. Seus destinos: Um ao outro.

Sem dizer uma palavra sequer durante todo o filme os protagonistas transbordam emoção, pelos gestos, pela intimidade que estabelecem. Cheio de solidão, de medo, de desespero, de amor e de esperança. Ainda que pareça um sonho. De encher os olhos.


Nas palavras do Diretor:

“We are all empty houses waiting for someone to open the lock and set us free.”(Kim Ki-duk)


Termino aqui. Melhor não falar mais nada. Abaixo ao desperdício de palavras.


Sobre o diretor Kim Ki-Duk :

Nasceu em 20 de dezembro de 1960, na Coréia do Sul. Depois de estudar arte em Paris, Kim Ki-duk volta à Coréia onde começa sua carreira como roteirista, antes de rodar seu primeiro longa-metragem de baixo orçamento em 1996, The Crocodile. Por este primeiro filme, recebeu elogios entusiastas da crítica. Após esta produção, Kim Ki-duk escreve e dirige Wild Animals (1996) e Birdcage Inn (1998), sendo este último escolhido para a abertura do Festival de Berlim. Em 2004, o cineasta foi duplamente premiado com os filmes Samaria (Urso de Prata no Festival de Berlim) e Casa Vazia (prêmio especial de direção no Festival de Veneza). Os personagens de Kim Ki-duk são tipos excluídos da sociedade, sempre indesejáveis. Nesse contexto, Kim Ki-duk consegue, apesar de tudo, revelar a inocência que subsiste em seus protagonistas através de uma luta tão absurda quanto cruel. Visto que seus filmes são selecionados para festivais em todo o mundo, o grande público tem se interessado mais e mais por sua obra.



100% de APLAUSOS.


4 comentários:

  1. hahahahahaha

    ia escrever uma coisinha..
    ao ver esse coment do TOm
    rs...

    bom Lia! Eu ja tive a oprtunidade de ver um desses, mas rejeitei. com este 'manual' fica bem mais fácil tentar reaver minha decisão.
    mto BOM!

    Isaurinho ^^

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  2. Bom.. depois de uma propaganda dessas... não tem nem como não se interessar
    Lia... parabéns!
    bjuuuu migaaa

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  3. rodrigo 100% aplausos9 de junho de 2007 às 16:09

    tava ouvindo pagode foi Lia? "ouvir músicas que, preconceituosamente, confesso, não queria ouvir"
    suahsuhasuahsuahsuhua
    sou teu fã!!! ashuashuahsuas


    fui...

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