domingo, 9 de julho de 2006

Resenha Crítica - UNDER THE SURFACE


Álbum: Under The Surface
Artista: Marit Larsen

Gravadora: Propeller Recordings/Virgin Norway/EMI Norway
Data de lançamento (Noruega): 20/02/2006
Data de lançamento no Brasil: Sem previsão de lançamento



Fonte: www.maritlarsen.com

Marit Larsen e banda ao vivo em Jernbanetorget - foto por Nils Kristian Thompson Eikeland (fotonils.com)


Há algum tempo atrás, eu lhes apresentei uma jóia nórdica chamada Marit Larsen. Agora, lhes apresento o seu produto mais festejado: o seu primeiro álbum-solo!


Após a primeira vez que se escuta "Under The Surface", a sensação é a de uma felicidade estranha, como a que ela cita na faixa-título: "tão feliz que poderia morrer". Acreditem, parece exagero, mas não é: Marit consegue fazer com que o ouvinte tenha tais sensações MESMO.


A sua voz, embora tenha melhorado muito em técnica, continua quase a mesma dos tempos de M2M: é o tipo de voz ideal para fazer backing vocal - no caso de encontrar uma voz forte e emotiva como a da ex-companheira Marion Raven, a voz de Marit irá ficar no fundo e harmozinar. Mas agora, por conta própria, ela mostra que também pode ser emotiva mesmo com uma voz de potência mais discreta.


O clima geral do álbum é country pop, mas não do jeito Shanya Twain de se fazer música country. Marit tem raízes mais inspiradas em nomes como Fiona Apple e Patsy Cline. Mas, ao mesmo tempo, ela se permite experimentar misturas que, para o mundo pop de hoje, são inusitadas, como palmas e assovios adcionadas a banjos e violões nas brilhantes "Come Closer" e "Only A Fool", onde marit lembra uma Björk na época de "Post". Quem se aventuraria, neste mundo de Britneys, Ashleys, Avrils e afins, a fazer som sem efeitos de vocoder se utilizando de instrumentos há muito esquecidos e de barulhos acidentais de estúdio? talvez, se pense em Nelly Furtado, no álbum "Folklore", mas pede-se lembrança para o fato de que o álbum foi rechaçado pelo público e ela se rendeu ao hip hop. talvez Gwen Stefani, mas o resultado jamais seria tão bom quanto este que Marit alcança. Björk? Sim, aí, uma alternativa de verdade. Mas, mesmo sendo a aparente inspiração maior de Marit, Björk está muito longe desta fase, o que a coloca fora de questão.


Mas não é apenas o country que domina o álbum. Os singles, "Don't Save Me" e "Under The Surface", se tornaram emblemáticos para a música pop e foram (posso até, num exercício de contenção de ânimo, afirmar) exageradamente anunciados como novos clássicos. O primeiro, é uma música à parte de todo o conjunto do álbum - parece ter sido retirada de algum álbum do ABBA com participação de Stevie Wonder (precisa dizer que uma faixa assim seria uma preciosidade?). A segunda, o hino da garota insegura ("Será que há chance de haver traços dela que você leve sob a superfície?", ela canta), bebe nas fontes das músicas de desenhos animados, lembrando especialmente "Somewhere Out There", de "Fievel", e consegue arracar lágrimas dos mais sensíveis, mesmo após seguidas sessões (snif...).


Fonte: www.maritlarsen.com

Marit Larsen e banda ao vivo em Jernbanetorget - foto por Nils Kristian Thompson Eikeland (fotonils.com)


Os momentos melancólicos trazidos por músicas como "Solid Ground", "To An End" e a estranhamente alegre "The Sinking Game" levam o álbum a um nível mais profundo, enquanto as metáforas inteligentes da letra de "This Time Tomorrow" fazem por certos momentos esquecer que se trata de uma garota à caçã de provas da traição do namorado - ela se revela aqui uma menina ciumenta e um tanto possessiva, um nível acima da insegurança de "Under The Surface". A melodia de "Recent Illusion" é, à primeira vista, estranha, mas torna-se contagiante já no meio. Acredite, logo você estará acompanhando os "check-check" de Marit.


No final, o álbum perde um pouco da sua força e fica apenas "estranho". "To An End" começa belíssima no seu tom depressivo, mas ao entrar a voz de Tom Hell (NÃO SOU EU!!!), algo começa a parecer errado, o que se confirma quando ambos entram em dueto. Mas não é nada que comprometa o conjunto do álbum. "Come Closer", a faixa seguinte, coloca tudo de volta aos trilhos, para terminar perfeitamente com "Poison Passion".


O desempenho do álbum nas praias norueguesas continua indo bem. As vendas diminuíram (o que já era de se esperar), mas o álbum nunca deixou o Top 40, e suas vendas já ultrapassaram a marca das 30.000 cópias vendidas - para níveis noruegueses, é um feito. Resta saber se a capenga Virgin Records irá levá-lo e promovê-lo corretamente no resto da Europa para, quiçá, enviar Marit para viagens ao redor do mundo, novamente!!


Fonte: www.maritlarsen.com

Marit Larsen e banda ao vivo em Jernbanetorget - foto por Nils Kristian Thompson Eikeland (fotonils.com)


Hoje em dia, não há mais necessidade de comparações com a ex-companheira e ex-amiga Marion: cada uma seguiu seu caminho, e ambos são muito diferentes do M2M, e elas estão muito bem assim, no final das contas. melhor até para Marit. Enquanto Marion seguiu um caminho por onde trilham estrelas maiores e mais jovens que ela (Avril, Ashley... Alanis?), Marit seguiu um caminho próprio no mundo pop, e se deu bem!


Os críticos a aclamam. O público lota as casas de show e compra seu álbum. A vida está doce para Marit Larsen. E ela nem precisa esconder isso sob a superfície.



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Tom



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5 comentários:

  1. Essa descrição toda foi você mesmo quem fez Tom???? Ou retirou de algum lugar???? Meu filho se foi você mesmo tu ainda tá fazendo arquitetura é?????? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. Beijos

    09/07/2006, 22:07

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  2. òtima resenha, bem escrita!!!

    10/07/2006, 13:18

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  3. não conheço ela! XD

    11/07/2006, 01:11

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  4. uauuuuuuuu
    perfeito
    oiaaa
    eu tive a oportunidade de ouvi-la e ela é joia
    quem puder... procure esse albun dela
    mt legals
    ahmmm. eu quero ser uam ranger
    kkkkkkk
    bju

    11/07/2006, 22:34

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  5. Ser um Culture Ranger paga salário? É que eu tô desempregado, sabe como é... *rs *rs... Parabéns pelo blog, muito legal mesmo!

    12/07/2006, 09:13

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